Eu sempre tive dificuldade com o perdão. Fui ensinada a não perdoar. Na verdade, a dizer que perdoei e cultivar dentro de mim uma árvore destrutiva de ódio. Ficar lambendo tanto o lamento que virava ferida.
Há 10 anos eu era, por motivos óbvios, e outros não tão óbvios assim, uma pessoa muito diferente de quem sou hoje. Eu não era mãe, por exemplo. Mas eu era outra pessoa. Individualmente, minhas crenças e minhas ações refletiam uma outra Analice. Muito mais revoltada com certas coisas, indomada, mas muito mais corajosa e diria inocente.
Ontem eu tive uma experiência que me fez repensar julgamentos que fiz. É sempre aquela história manjada de que quando não estamos nos sapatos dos outros não podemos julgar onde ela está/o que ela está fazendo.
Encerrado o episódio, eu me olhei, analisei o que tinha acontecido e me vi num lugar desconfortável mentalmente. É até risível de como podemos desvirtuar nossa própria moral sem sair do lugar. Em pensamento.
Olhei mais uma vez pro meu erro "mental". Me acolhi, me perdoei e perdoei pessoas e fatos que aconteceram comigo. Me levou quase uma década para entender e agora me parece tão menor o monstro que eu mesma alimentei.
Dito isto tudo, que não disse muita coisa materialmente, eu resolvi escrever. Exercício que retomei não apenas com o blog, mas no papel, em cartas, crônicas e até uma tentativa de poesia. Escrevi direcionando meu pensamento à algumas mulheres.
Cheguei a registrar o domínio "amulhervirtuosa.com.br" no passado HAHAHAHAHAHAHA. GrazaDeus eu nunca lancei esse "projeto". Eu não tinha o conhecimento que acreditava ter e eu ia contribuir pra depreciar outras pessoas.
Algumas mulheres da minha lista receberam o seguinte texto no whats app vindo de mim:
"Eu queria te pedir desculpas por todas as vezes que julguei suas ideias, principalmente seus argumentos feministas e contra ataquei com machismo.
Me perdoe. Dentre muitas coisas que eu estou aprendendo, é que eu posso usar a energia masculina para o que ela é produtiva, mas que eu não estava em uma situação equilibrada.
Da energia masculina eu fiz 80% de mim, principalmente em relação a violência - a verbal principalmente e deixei de lado praticamente todo o lado do sagrado feminino que é muito mais do que cabia nas minhas ideias na época.
Com a violência eu aprendi que além de machucar e desrespeitar o outro eu machuquei muito a mim. Construindo uma imagem que muitas vezes repelia a empatia das outras pessoas.
Espero que me perdoe se falei alguma bobagem para você. Revi tantos conceitos nas últimas semanas que se eu for elencar as coisas que eu disse das quais me envergonho daria um tratado.
Então decidi fazer uma coisa pequena e simbólica. Escrever palavras sinceras de amor e desculpas para todas as mulheres a quem eu posso ter ofendido com meu lado agressivo.
Se vc está recebendo essa mensagem saiba que sinto muito amor por você, as vezes, muitas delas, eu só não soube demonstrar.
Que nenhuma ideia de amor deixe de florescer em você e qur nenhuma boa energia seja tolida de nós.
Com todo carinho, Ana. 💐🌹🌸🌺🌼🌻"
Recebi respostas empáticas, amorosas e umas ignoradas. E tá tudo bem. Cada uma de nós tem seu tempo.
Eu me sinto melhor tendo aprendido a pedir perdão pras mulheres que eu machuquei. Eu me sinto melhor aprendendo a ser um ser humano melhor.
Minha amiga me disse, Ana, as pessoas estão na sua vida pq elas já perdoaram você. Amor e perdão andam de mãos dadas. Me custou uma década para compreender essa lição. Foram 10 anos de erros, e muitos murros em ponta de faca.
Aprendi que os ensinamentos de Jesus Cristo, a quem eu declarei e declaro que amo, que é meu Senhor e meu Salvador, são amor, acolhimento e empatia. Qualidades essenciais do feminino.
Eu me perdoo. Eu me acolho. Eu estou aprendendo a me amar.
Minha vida é importante, pq Cristo morreu por mim na cruz do calvário. A vida dessas mulheres é igualmente importante pelo mesmo motivo. E o perdão, o Cristo mesmo pediu ao Pai que perdoasse os homens que o levaram pra cruz. Que seguidora de Cristo sou eu se não aprender com Ele?
Há 10 anos eu era, por motivos óbvios, e outros não tão óbvios assim, uma pessoa muito diferente de quem sou hoje. Eu não era mãe, por exemplo. Mas eu era outra pessoa. Individualmente, minhas crenças e minhas ações refletiam uma outra Analice. Muito mais revoltada com certas coisas, indomada, mas muito mais corajosa e diria inocente.
Ontem eu tive uma experiência que me fez repensar julgamentos que fiz. É sempre aquela história manjada de que quando não estamos nos sapatos dos outros não podemos julgar onde ela está/o que ela está fazendo.
Encerrado o episódio, eu me olhei, analisei o que tinha acontecido e me vi num lugar desconfortável mentalmente. É até risível de como podemos desvirtuar nossa própria moral sem sair do lugar. Em pensamento.
Olhei mais uma vez pro meu erro "mental". Me acolhi, me perdoei e perdoei pessoas e fatos que aconteceram comigo. Me levou quase uma década para entender e agora me parece tão menor o monstro que eu mesma alimentei.
Dito isto tudo, que não disse muita coisa materialmente, eu resolvi escrever. Exercício que retomei não apenas com o blog, mas no papel, em cartas, crônicas e até uma tentativa de poesia. Escrevi direcionando meu pensamento à algumas mulheres.
Cheguei a registrar o domínio "amulhervirtuosa.com.br" no passado HAHAHAHAHAHAHA. GrazaDeus eu nunca lancei esse "projeto". Eu não tinha o conhecimento que acreditava ter e eu ia contribuir pra depreciar outras pessoas.
Algumas mulheres da minha lista receberam o seguinte texto no whats app vindo de mim:
"Eu queria te pedir desculpas por todas as vezes que julguei suas ideias, principalmente seus argumentos feministas e contra ataquei com machismo.
Me perdoe. Dentre muitas coisas que eu estou aprendendo, é que eu posso usar a energia masculina para o que ela é produtiva, mas que eu não estava em uma situação equilibrada.
Da energia masculina eu fiz 80% de mim, principalmente em relação a violência - a verbal principalmente e deixei de lado praticamente todo o lado do sagrado feminino que é muito mais do que cabia nas minhas ideias na época.
Com a violência eu aprendi que além de machucar e desrespeitar o outro eu machuquei muito a mim. Construindo uma imagem que muitas vezes repelia a empatia das outras pessoas.
Espero que me perdoe se falei alguma bobagem para você. Revi tantos conceitos nas últimas semanas que se eu for elencar as coisas que eu disse das quais me envergonho daria um tratado.
Então decidi fazer uma coisa pequena e simbólica. Escrever palavras sinceras de amor e desculpas para todas as mulheres a quem eu posso ter ofendido com meu lado agressivo.
Se vc está recebendo essa mensagem saiba que sinto muito amor por você, as vezes, muitas delas, eu só não soube demonstrar.
Que nenhuma ideia de amor deixe de florescer em você e qur nenhuma boa energia seja tolida de nós.
Com todo carinho, Ana. 💐🌹🌸🌺🌼🌻"
Recebi respostas empáticas, amorosas e umas ignoradas. E tá tudo bem. Cada uma de nós tem seu tempo.
Eu me sinto melhor tendo aprendido a pedir perdão pras mulheres que eu machuquei. Eu me sinto melhor aprendendo a ser um ser humano melhor.
Minha amiga me disse, Ana, as pessoas estão na sua vida pq elas já perdoaram você. Amor e perdão andam de mãos dadas. Me custou uma década para compreender essa lição. Foram 10 anos de erros, e muitos murros em ponta de faca.
Aprendi que os ensinamentos de Jesus Cristo, a quem eu declarei e declaro que amo, que é meu Senhor e meu Salvador, são amor, acolhimento e empatia. Qualidades essenciais do feminino.
Eu me perdoo. Eu me acolho. Eu estou aprendendo a me amar.
Minha vida é importante, pq Cristo morreu por mim na cruz do calvário. A vida dessas mulheres é igualmente importante pelo mesmo motivo. E o perdão, o Cristo mesmo pediu ao Pai que perdoasse os homens que o levaram pra cruz. Que seguidora de Cristo sou eu se não aprender com Ele?
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