Sei fazer bobinha, mas essa bobinha simplesmente não sou eu. É tanta coisa na bagagem que as vezes parecer é tudo que se pode fazer. Me peguei nessa, fazendo a boba por alguns sorrisos, meus mesmo... e olhei pra mim com julgo de censura. Quer dizer, sério que você está se tolindo pra sorrir? Sim. É o que eu estou fazendo. É o que estou fazendo pra esquecer que no resto do dia eu estou contando centavos, tentando ter algum auto controle pra não tornar a vida do meu filho miserável e também ser a adulta responsável que não esquece os afazeres domésticos. Eu dei meu jeito de garantir minha medicação até o fim do ano e agora estou tomando outro remédio anti depressivo para me ajudar a dormir. Ouvi diversas vezes que tudo passa, mas é real... passa mesmo. A dor vai embora e fica o vazio. O vazio ecoa. Você vai levando a vida, ainda que não a viva. Não consigo mais escrever pra fins literários, não flui. Não consegui produzir nada sobre porcaria nenhuma. Não fiz fotos, não pintei...